quarta-feira, 9 de setembro de 2009

NÃO, NÃO VOU POR AÍ!...

Macinhata do Vouga é o meu lar. Aqui resido, já lá vai cerca de uma década. Uma freguesia que colhe raízes urbanas em Serém, se entronca no lugar que lhe dá nome e se solta em breves ramadas, pelo Soutelo, pela Alombada, pelas Chãs e outros lugares, mais ou menos ermos.
Vivo no Beco, que tem como ponto de referência, a sua Feira, que engrossa de gente miuda, todos os primeiros domingos de cada mês. Um lugar vizinho de Macinhata, esquecido do poder, mas não das gentes que por lá vivem e labutam.
Um lugar que foi sempre esquecido pelo poder polar que nos governa. Mas (benditas as eleições, que a tanto obrigam os eleitos!...), agora, em vésperas de eleições, eis se não quando, um verdadeiro exército de funcionários e assalariados assaltou a zona da Feira, montou arraiais e estaleiro e pôs em polvorosa toda aquela zona junto à capela. Viu-se obra, minha gente! Empedrou-se o que já era empedrado e o que ainda não era, ergueram-se passeios e estacionamento onde era ou não preciso e criou-se a ilusão de obra feita!
A população do Beco regista, mas não agradece! A dignidade de um povo não se compra com migalhas e muito menos com esmolas. A inteligência de um povo não se ofende com obras de circunstância e de oportunismo. A memória de um povo não se apaga, com truques de ilusionismo barato.
Este é um pequeno exemplo do tipo de fazer política que rejeitamos. Um exemplo recorrente por todo o concelho, particularmente na cidade, nos últimos meses. Assente numa estratégia de caça ao voto e de perpetuação do poder. Onde falta pudor e ausência de sentido de servidão publica.
Por isso, aqui estamos. Para denunciar e para agitar as consciências. Para demonstrar que existe outra forma de fazer política e outra forma de governar. Consideramos o concelho uno, combatemos a polarização da governação na zona ribeirinha da cidade e advogamos o combate à desertificação e a promoção das zonas periféricas do municipio.
Por isso, pedimos o vosso voto! Para que tenhamos força para mudar! Para que tenhamos uma terra de irmãos e não de filhos e enteados.

Nelson Leal

2 comentários:

  1. A Sociedade não se compra, gere-se...
    Pena que ainda se pense o contrário

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  2. Na sociedade, participa-se e os dividendos são justamente distribuidos. É essa a sociedade que defendemos: que seja de todos e não apenas de alguns, que se limitam a distribuir migalhas por quem menos tem...

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