quarta-feira, 30 de setembro de 2009

MANIFESTO


Caro eleitor,

Vivemos tempos difíceis! Vivemos uma crise económica, uma crise social e uma crise de valores com uma dimensão poucas vezes alcançada, ao longo da nossa longa História. Uma crise a exigir novas ideias, novas soluções e novas gentes.

Por isso, me candidato. Candidato-me na qualidade de independente, liderando uma lista da Coligação Democrática Unitária. Uma lista de reconhecida qualidade técnica e humana. Uma Coligação que, pelas autarquias por onde tem passado, tem deixado um lastro de qualidade, competência e honestidade, sem paralelo.

Candidato-me porque não concordo:

- Com esta forma de fazer política, centrada nos “bunkers” dos gabinetes, de costas voltadas para as populações e dando prioridade na sua agenda, a projectos com visibilidade, polarizados particularmente na zona ribeirinha da cidade.

- Com a agenda política que as vereações sucessivas têm escolhido para gerir os destinos do nosso Município. Privilegiando quase sempre os espaços mais visíveis da cidade, nos seus investimentos, em desfavor da restante zona urbana, ignorando a maioria das freguesias e desprezando as mais periféricas e serranas;

- Com “o lavar de mãos” desta vereação relativamente a um assunto tão estruturante e tão básico para as populações, como a questão da água e do saneamento básico. Ao ser aprovada pela Assembleia Municipal, a privatização dos nossos recursos hídrico e transferindo a incumbência da resolução deste assunto tão relevante para as mãos de privados, transferiu, igualmente, a conta de tal resolução, para os bolsos dos contribuintes. Uma factura que será pesadíssima para a maioria da população!

Candidato-me porque pretendo:

- Promover o associativismo, pedra basilar da democracia, como motor participativo das populações na resolução dos seus problemas, em estreita colaboração com as instituições camarárias;

- Que o desenvolvimento do concelho seja harmónico e sustentado, tanto ao nível cultural, como turístico ou industrial, dando particular ênfase às freguesias mais periféricas e serranas, procurando inverter a progressiva desertificação a que têm estado sujeitas e potenciar os seus recursos turísticos e económicos;

- Avançar com medidas estruturantes que envolvam o tecido empresarial e o mundo académico, em parcerias que tenham como objectivo, a qualificação dos recursos humanos, o combate ao desemprego e a requalificação ambiental.


Caro eleitor!

Nasci na freguesia serrana do Préstimo. Sou conhecedor do profundo desprezo a que têm sido votadas aquelas gentes, ao longo de décadas. É por elas e por todos aqueles que têm sido injustamente esquecidos do poder, que me candidato. Um voto nos candidatos habituais, é um voto perdido, um voto na continuidade, são mais quatro anos de estagnação e de indiferença.

Por isso, apelo ao seu voto!

Para O Bem de Águeda!
Para Uma Águeda Melhor!

Com as minhas cordiais saudações

Nelson Leal

domingo, 27 de setembro de 2009

ASSIM, NÃO!


Na politica, nem tudo vale!
Dizia Mourinho, que "é nos pormenores, que se vêem os campeões!". Eu acrescento que é nas pequenas coisas que se vê o carácter das pessoas.

Tudo isto vem a a propósito de um episódio que define a diferença que existe, na forma de fazer política entre a nossa candidatura e outra(s).
Como sabem, os representantes dos partidos concorrentes reunem-se em data aprazada por lei, para definirem a constituição das mesas eleitorais. Foi nestas condições que, devidamente credenciado, me reuni com os demais para definir a constituição das mesas para as eleições legislativas de 27 de Setembro, na minha freguesia de Macinhata do Vouga. Esteve ausente o representante do PSD. Por consenso, constituimos as mesas, mantendo os habituais representantes desse partido nas respectivas mesas. Até aqui, tudo correcto e conforme as regras democráticas.

Porém, na altura da reunião para a constituição das mesas para as eleições autárquicas, por razões de saúde da minha mulher, não pude estar presente, tendo enviado um mail à Junta de Freguesia, onde a reunião aconteceria, justificando a minha ausência e propondo a manutenção dos nomes constantes das mesas anteriormente aprovados. Desta vez, este presente o representante do PSD, candidato número um à Assembleia de Freguesia de Macinhata do Vouga. Pois este, apreveitando-se da minha ausência, e devidamente instruído pelas altas instâncias locais do partido, decidiu varrer os representantes da CDU das mesas, engordando assim, a constituição das mesas com os seus candidatos. Triste exemplo de convivência democrática e de respeito pelo próximo!

São razões de ética política e pessoal, que me motivam para este desafio! Razões que me levam a denunciar pequenos casos como este.
Águeda será Melhor, se Melhor for a Sua Gente!
Nelson Leal

terça-feira, 15 de setembro de 2009

CDU DE AGUEDA COM A JUVENTUDE

Jovem eleitor
Caro amigo,

Aceitei este desafio que a CDU me propôs, porque não me revejo nesta forma de fazer política que assentou arraiais nesta nossa Pátria. Uma forma de fazer política onde tudo vale para se conseguirem votos, onde a agenda política se subordina a prioridades de interesses pessoais e partidários e à estratégia da perpetuação no poder. Uma forma de fazer política onde desde à muito se arredou o conceito de servidão do interesse colectivo. Uma forma de fazer política assente na lógica do "bunker", tudo elaborado no silêncio dos gabinetes, de costas voltadas para as pessoas e, muitas vezes, contra as pessoas.
Aceitei este desafio, porque acredito nas virtualidades da democracia, na participação e no associativismo, instrumentos fundamentais de cidadania, fermento indispensável na cozedura do nosso futuro colectivo. Só com a participação das populações na discussão dos problemas equacionados na agenda da Câmara, só com a sua envolvência e as suas propostas, conseguiremos encontrar dinâmicas, ânimos e soluções que sejam aceites por todos.
Aceitei este desafio, porque acredito no futuro. E o futuro é a Juventude!
No nosso programa eleitoral, na nossa proposta para a Educação, consta que, "considerando a importância da educação para o desenvolvimento sócio-económico do concelho e das novas competências de politica e gestão educativa que estão a ser concentradas nas autarquias, compromete-se na promoção de um debate alargado, hoje inexistente, sobre essa dinâmica de descentralização e os desafios a ela associados, como requisitos humanos, técnicos e financeiros de tal tarefa". Um debate que consideramos fundamental.
No ambito do Ensino Superior, acrescentamos que: "a CDU contribuirá para consolidar o esforço, iniciado recentemente, de desenvolver relações de cooperação estreita entre empresas, autarquias e ensino superior, que consideramos crucial para o desenvolvimento do concelho. Damos particular atenção ao ESTGA, importante no desenvolvimento do tecido empresarial e argumento competitivo nas capacidades de inovação e na não exploração da mão-de-obra barata".
Infelizmente, o desporto escolar é área esquecida dos nossos representantes, talvez porque dá poucos votos. Uma área que consideramos nuclear nas nossas propostas. Nomeadamente, quando referimos que é nosso objectivo: "Apoiar o desporto escolar, através da celebração de protocolos autarquia/escolas/clubes, que estabeleça, claramente, as regras de acesso aos equipamentos construídos com o apoio da Autarquia; Construir um Pavilhão Municipal Multiusos, que dignifique o concelho, promova o desporto e albergue iniciativas comerciais, empresariais ou culturais, de interesse para a região; A criação do Museu Municipal, que perpetue a história social e económica do Concelho".
Temos propostas e temos soluções. A CDU é necessária e fundamental para uma Águeda Melhor. Onde a Juventude não seja uma mera figura de retórica, mas a trave mestra da Política Autárquica. Por isso acreditamos em Vós! Acreditem na CDU!
A construção de um Fórum da Cidadania, ponto de encontro, de debate, discussão e referência, por onde passem os temas e as associações do município e se criem as sinergias necessárias ao seu desenvolvimento cultural e associativo.

Nelson Leal

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

NÃO, NÃO VOU POR AÍ!...

Macinhata do Vouga é o meu lar. Aqui resido, já lá vai cerca de uma década. Uma freguesia que colhe raízes urbanas em Serém, se entronca no lugar que lhe dá nome e se solta em breves ramadas, pelo Soutelo, pela Alombada, pelas Chãs e outros lugares, mais ou menos ermos.
Vivo no Beco, que tem como ponto de referência, a sua Feira, que engrossa de gente miuda, todos os primeiros domingos de cada mês. Um lugar vizinho de Macinhata, esquecido do poder, mas não das gentes que por lá vivem e labutam.
Um lugar que foi sempre esquecido pelo poder polar que nos governa. Mas (benditas as eleições, que a tanto obrigam os eleitos!...), agora, em vésperas de eleições, eis se não quando, um verdadeiro exército de funcionários e assalariados assaltou a zona da Feira, montou arraiais e estaleiro e pôs em polvorosa toda aquela zona junto à capela. Viu-se obra, minha gente! Empedrou-se o que já era empedrado e o que ainda não era, ergueram-se passeios e estacionamento onde era ou não preciso e criou-se a ilusão de obra feita!
A população do Beco regista, mas não agradece! A dignidade de um povo não se compra com migalhas e muito menos com esmolas. A inteligência de um povo não se ofende com obras de circunstância e de oportunismo. A memória de um povo não se apaga, com truques de ilusionismo barato.
Este é um pequeno exemplo do tipo de fazer política que rejeitamos. Um exemplo recorrente por todo o concelho, particularmente na cidade, nos últimos meses. Assente numa estratégia de caça ao voto e de perpetuação do poder. Onde falta pudor e ausência de sentido de servidão publica.
Por isso, aqui estamos. Para denunciar e para agitar as consciências. Para demonstrar que existe outra forma de fazer política e outra forma de governar. Consideramos o concelho uno, combatemos a polarização da governação na zona ribeirinha da cidade e advogamos o combate à desertificação e a promoção das zonas periféricas do municipio.
Por isso, pedimos o vosso voto! Para que tenhamos força para mudar! Para que tenhamos uma terra de irmãos e não de filhos e enteados.

Nelson Leal

terça-feira, 1 de setembro de 2009

QUE POLITICA DESPORTIVA PARA ÁGUEDA?

O futuro de um povo constrói-se, hoje e sempre, com a argamassa da sua juventude, criando condições, que lhe garantam uma correcta inserção social e cívica na comunidade e um crescimento físico mais harmonioso e saudável. Sem um investimento profundo nos mais novos, nunca haverá um futuro saudável para a comunidade.
“O meio faz o homem”, era a expressão preferida de Ratzel, um conceito que, sendo aceite por muitos, nem sempre é levado à prática por todos. É preciso apostar num “meio” apropriado, que permita que germine “um homem” melhor. Mas pergunto: A política desportiva seguida, ao longo destas últimas gerações, terá sido a mais correcta para alcançar este objectivo? A reposta é um claro e rotundo “NÃO”!
Fui, durante algum tempo, dirigente associativo de uma colectividade desportiva. Fui testemunha das incongruências de um sistema, que privilegia o “êxito no momento”, em detrimento de uma política assente na formação e na sustentação. Onde os clubes desportivos, mergulhados numa espiral concorrencial sem fim, faziam das “importações” de atletas, oriundos de muitos locais, menos da terra e do “joga hoje que para o ano te pagamos”, o seu paradigma. Era a fuga para o abismo!... Infelizmente, os resultados dessa política estão à vista, com especial incidência, no nosso clube mais representativo. E é com pesar que vejo, nos jogos da Super Liga, os placards publicitários repletos de imagens de marca de grandes empresas da nossa terra, que, gastando milhões nessas andanças, não têm uns tostões para investir nos clubes da sua terra. Por isso, há que rever as políticas autárquicas para a área do desporto, de forma a criarem condições de afirmação e sustentabilidade dos clubes desportivos, com incentivos à prática desportiva na área da formação e descriminando positivamente o atleta local, na atribuição de subsídios.
No seu programa eleitoral, a CDU propõe, entre outras medidas,”apoiar o desporto escolar, através da celebração de protocolos autarquia/escolas/clubes, que estabeleçam, claramente, as regras de acesso aos equipamentos construídos com o apoio da Autarquia”. Um passo que consideramos, também, fundamental para inserir a juventude escolar na vida desportiva activa. Mas, pergunta-se, que rede de equipamentos desportivos existe neste nosso concelho, que permita ao nosso jovem uma prática desportiva mais alargada? Que condições existem para a prática do Atletismo? Que condições existem para a prática de outras modalidades colectivas, como o Andebol? Que polidesportivos existem, para o desenvolvimento dessas modalidades?
Já é tempo de se planear a construção de um Estádio Municipal de Atletismo, um recorrente equipamento público em muitos dos concelhos nacionais, até de dimensão inferior à nossa, torna-se urgente dotar todas as nossas freguesias de equipamentos públicos, que permitam acesso à prática desportiva dos seus munícipes e torna-se ainda mais urgente, a construção de um pavilhão municipal multiusos, que dignifique o concelho, promova realizações desportivas, culturais e empresariais e dinamize e alargue a prática desportiva. Também a canoagem deveria ser mais apoiada, aproveitando as condições naturais da Pateira.
A criação de uma rede de equipamentos públicos, será sempre uma obra inacabada e que deve constar como prioridade na agenda politica de qualquer executivo camarário, o que, reconheça-se, não tem sido o caso das vereações que têm gerido os destinos deste Município.
Escrevia Alexandre Herculano: “A história da instituição e multiplicação dos concelhos é a história da influência da democracia na sociedade e da acção do povo na significação vulgar desta palavra como elemento político”. Palavras do passado com letras do presente. Este concelho, de há muito instituído, foi obra de um povo, que o forjou com suor, com lágrimas e, também com muito amor. Uma obra que nos orgulha e que nos compete dignificar!
É esse Amor à Nossa Terra e o Nosso Comprometimento para com o Nosso Povo, que distingue a CDU das demais candidaturas. Por isso, acreditamos poder fazer melhor, para o Bem da Juventude, para o Bem do Desporto e para o Bem de Águeda.
A Bem de Águeda

Nelson Leal