sexta-feira, 31 de julho de 2009

ABASTECIMENTO DE ÁGUA E SANEAMENTO BÁSICO PARA QUANDO?

Um dos grandes calcanhares de Aquiles deste concelho, é o abastecimento de água e o saneamento básico, com especial incidência nas freguesias periféricas, particularmente nas zonas serranas. O poder autárquico, ao longo da nossa vida democrática, foi sempre apagando da sua agenda política este objectivo e entende-se porquê: os custos não davam votos. Pouca gente e cada vez mais idosa, pouco desenvolvimento, dificeis acessibilidades, eram demasiadas as contraindicações, para tão vultuosos investimentos. E depois, quem lhes iria agradecer? Para quê gastar este dinheirinho tão importante, quando há tanta coisa bonita por fazer? Rotundas vistosas, canteiros alegres, espetáculos que encantam, passeios de Verão para os meninos e meninas, velhinhos e pobrezinhos, isso sim, dá votos e dá alegria ao povo! Longe de nós, faço a ressalva, de pôr em causa estas acções sociais e culturais, que também são importantes, a questão coloca-se no peso e na medida destas opções e no folclore politico com que são adornadas. A questão, em sintese, é esta: Valerá tudo, em política, para a perpetuação no poder dos que lá estão? Gil Nadais, no seu programa eleitoral de 2005, garantia que este problema da água e do saneamento estaria resolvido até 2011 e que daria conta da sua evolução, no Portal da Autarquica, diáriamente. Promessas!... Como a batata era quente e as eleições já batem à porta, decidiram os nossos amigos, passar ao lado do problema, assobiando. Delegaram em terceiros, as suas próprias responsabilidades. Como? Privatizando os nossos recursos hídricos, entregando-os às Águas de Portugal por um período de 50 anos, a qual, juntamente com a SIMRIA, terá a tarefa de proceder às tarefas de abastecimento e saneamento do concelho. Mas os critérios privados, como sabem, são outros, balizam-se por objectivos diferentes, que são o lucro, que, necessáriamente, terá um peso superior ao interesse público. A factura será pesada e, mais uma vez, será o povo a pagá-la! Caros amigos, é preciso Mudar! São precisas Novas Políticas! Só com novas politicas, que apostem no desenvolvimento harmónico e sustentado do concelho de Águeda, poderemos garantir um futuro melhor para as novas gerações. Um futuro onde caiba Agadão e o Préstimo, Macinhata e Belazaima, Águeda e Castanheira. Um futuro onde todos caibam por igual, onde valha a pena viver, seja na Alta Vila, seja na Lourizela. Sou um candidato independente. Um candidato que aceitou este desafio da CDU, porque entende que esta coligação, pelo seu historial autárquico de competência, dedicação e honestidade, é a que melhor defende os interesses das populações, particularmente, as mais desprotegidas.

sexta-feira, 17 de julho de 2009

NELSON LEAL CORRE PARA A CÂMARA

Sou um militar de Abril! Abracei com todo o entusiasmo da minha juventude, a revolução do 25 de Abril e foi com o movimento libertador, que cresci em cidadania e no amor que tenho pelo meu povo! Uma torrente de águas puras, que inundou as cidades e as aldeias, os montes e os vales deste País, florindo-o de esperança e de vida. Um torrente que me levou por esses campos fora e me fez conhecer o país real, ainda como cadete da Escola Naval, integrado nas chamadas campanhas de dinamização cultural.
Trinta e cinco anos se passaram, desde então. Aquela torrente de puras águas foi-se esgotando, aos poucos, quase sem se dar por ela, sendo hoje, bem mais turvas, as águas que se escoam pelas valetas da vida. Tingidas pelas cores dos mesquinhos interesses partidários e do grande capital.

ÁGUEDA NÃO ESTÁ CONDENADA AO MARASMO!
Um dos grandes objectivos do Movimento dos Capitães, era a promoção do Poder Local e foi este, de facto, ao longo das últimas décadas, o verdadeiro baluarte da democracia portuguesa. Infelizmente, também o Poder Local tem vindo a ser manietado e controlado, nos últimos anos, pelos interesses dos chamados partidos do arco da governação (PS e PSD).
Águeda é um triste exemplo dessa realidade. Uma autarquia parada no tempo, resignada na sua impotência, tendo os seus autarcas como fim último da sua governação, a perpetuação no poder, instrumentalizando os seus orgãos e apostando na política-espetáculo, como método de persuasão do eleitorado. Esbanja recursos, que são de todos nós, numa enxurrada de eventos que se esgotam na zona ribeirinha da cidade, ignorando os outros espaços e as outras freguesias. Nada fez para contrariar a desertificação humana das zonas serranas, cujas populações, impotentes, não encontram outra solução para o seu futuro e o dos seus filhos, que não seja, procurar destino mais promissor. Mesmo pequenos eventos promotores de pequenas freguesias, como a prova do BTT na Trofa, foram transferidos para a cidade. É precisa uma nova politica, que promova, de uma forma harmónica e sustentada, o concelho de Águeda!
Um dos indices mais fiáveis do grau de desenvolvimento de uma autarquia, mede-se pela taxa de distribuição do abastecimento de água e de saneamento básico. Os nossos índices, deveriam envergonhar qualquer autarca!... Mas, e apesar de tudo, pouco ou nada se tem feito, ao longo dos anos. E, como Pilatos, os nossos autarcas resolveram lavar as mãos, entregando à SIMRIA e às Águas de Portugal os seus recursos hidricos, por um prazo de 50 anos. Com a promessa de estes resolverem o problema do abastecimento e do saneamento que os nossos eleitos não conseguiram solucionar... Com que preço? Que estudos se fizeram? Qual vai ser a factura que todos nós iremos pagar por esta decisão feita em cima do joelho?

POR ISSO ME CANDIDATO.
Por tudo isto me candidato. Candidato-me por uma nova politica, assente na participação e no associativismo, acreditando que só com a mobilização popular e aproveitando as suas energias, se poderá dar o verdadeiro salto na qualidade de vida de todos nós. Candidato-me para devolver a Câmara ao Povo, invertendo esta tendência de gerir a causa pública no interior dos gabinetes, à revelia dos verdadeiros interesses dos cidadãos. Candidato-me em nome das camadas mais desfavorecidas das populações, nomeadamente das populações serranas, eternamente ignoradas pelo poder. Candidato-me, finalmente, por obrigação de cidadania e por amor a este povo, porque é fundamental mudar de política, por a política ao serviço das populações!
Candidato-me pelas listas da CDU, como independente, porque esta coligação é a força mais consequente e mais genuinamente interessada na resolução dos interesses das populações. Uma Força que, onde lhe tem sido delegado poder, tem deixado marca de competência, dedicação e honestidade. Por isso, não abdicando da minha independencia, aceitei, de bom grado, liderar as listas da CDU à Câmara Municipal.
Por tudo isto, apelo ao seu voto! Um voto em mim, é um voto por Águeda!
A Bem do Concelho

Nelson Leal